Esta casa constitui um belo exemplar de uma casa de fazenda típica do Seridó, contudo, lamentavelmente, pelo que se pode observar, está decretado seu desaparecimento, já que não mais dispõe de uma única folha de porta ou janela, não por terem se acabado, mas por haverem sido retiradas Encontra-se desabitada e abandonada, porém, guardando ainda as características de sua construção original, mantendo seu “telhado de arrasto”, com acentuada inclinação, e os esbeltos e graciosos pilares de madeira, que sustentam o telhado do alpendre.
Na sala, pode-se observar em destaque, a escada de madeira que dá acesso ao sótão. Esta sala, que não é de visita nem de jantar, não ocorre com frequência nas casas ora analisadas. Funciona com o um hall, elemento de uso corrente em edificações de épocas posteriores a essa. Na cozinha, constata-se a existência de armadores de moíumbo, que, pela sua disposição, poderiam, ter função diferente da de armar rede. Poderiam por exemplo, servir como cabide ou tomo, resistentes o suficiente para que neles se pendurassem objetos de peso considerável.
Observam-se, também, pequenas prateleiras de madeira, dispostas no canto das paredes, conhecidas como caritos, especialmente as que existiam nas camarinhas e alcovas. A exemplo de outras casas que compõem este trabalho, seu alpendre apresenta piso em pedra, de formato retangular. Como o alpendre é estreito, não houve a necessidade de utilização de uma terça intermediária entre o frechai existente sobre os pilares e a parede frontal da edificação, evitando-se, dessa forma, o emprego de brabos e pontaletes, como ocorre em outras casas ora estudadas.