Foi concluída em 1895, segundo inscrição existente na parede da fachada lateral esquerda, e ampliada em 1923, com a incorporação de novos cômodos contíguos à esta mesma. Em 1934 foi criado o sótão. Ora encontra-se desabitada e abandonada, com trechos da cozinha em estado de ruínas. Lamentavelmente não há indícios de que volte a ser habitada.Os pilares do alpendre, a exemplo de outras casas-grandes de fazenda, eram de madeira e foram substituídos por esses que lá se apresentam, em alvenaria.
Na sala de visita, como é muito frequente, existe um armário embutido na parede da fachada principal, assim como janelas dispostas nas paredes das fachadas laterais. Em suas paredes pode-se observar a sequência de armadores, indicando que a mesma é também um ambiente da casa onde se dorme. Os quartos dessa casa, bem como de outras, em geral, não dispõem de espaços suficientes para abrigar toda a família e às vezes agregados, na hora da dormida. As famílias dessa época eram bastante numerosas.
Para se ter uma idéia da quantidade de pessoas que constituíam uma dessas famílias, em um dos quartos dessa casa, sua dona deu luz a 24 filhos, segundo informações de um deles, o Sr. Pedro Pergentino O piso do seu alpendre é de pedra granítica, com trabalho de cantaria, de uso recorrente também em outras casas-grandes de fazenda aqui estudadas, notadamente por resistir às intempéries, especialmente à chuva.
Como estrutura da cobertura, existem brabos curvos, necessários para apoiar as terças, já que as mesmas não conseguem vencer todo o vão correspondente à largura da referida sala, sem apoio intermediário. Essa mesma estrutura é corriqueiramente encontrada também em outras edificações do município, construídas no século XIX. A forma dos armadores e cabides, confeccionados em madeira serrada, existentes na sala de visita, constitui um padrão para as edificações da época, sendo encontrada também em outras casas aqui estudadas.