A casa-grande fazenda Cacimba do meio possui nas paredes, sequências de armadores testemunhando que a sala de jantar, além dos quartos, era utilizada como ambiente onde se dormia. Esses armadores eram feitos de mofumbo, madeira muito utilizada para esse fim. A porta principal é feita de cumaru, árvore nativa da região, que, pela fácil obtenção e durabilidade, teve emprego abundante na confecção de esquadrias e móveis em geral. Tem a carracterística de não ser atacada pelo cupim.
Como ferragem das esquadrias, utilizou-se dobradiça de nominada de “cachimbo”, confeccionada em ferro forjado e fi xada à mesma, por meio de cravos, tipos de pregos feitos um a um, artesanalmente. Esse tipo de dobradiça era comumente usa do nas esquadrias das casas aqui analisada. Na sala de jantar, pode-se observar a utilização de brabos curvos, apoiando a terça. A forma curva dos brabos aumenta sua resistência à flexão, favorecendo o desempenho estrutural.
Essas peças em geral têm seção quadrada, de lado em tomo de 18cm e são feitas de brejuí, angico, oiticica ou aroeira, que são árvores nativas que se prestam bem a essas peças estruturais. No alpendre, pode-se observar a disposição das peças da cobertura, inclusive a emenda dos frechais, ocorrendo no ponto onde se apoiam sobre o pilar. Os caibros são de pereiro, têm seção retangular e são lavrados à enxó. As ripas são constituídas de varinhas de gachumbo. Tanto o pereiro quanto o gachumbo são árvores nativas, que oferecem durabilidade, e não são atacadas pelo cupim. Em virtude dessas características têm emprego corrente nas construções aqui analisadas.