O imóvel foi utilizado como residência a partir de 1828, pelo então proprietário, o Padre João de Souza Guimarães. Em 1843, após seu falecimento, foi adquirida pelo Sargento-Mor Francisco de Assis Martins da Costa, tendo se transformado em hospedaria entre 1850 e 1860. Neste ano foi adquirida pelo Mestre Herculino Carlos do Couto Lima, para ser sua residência. De 1871 a 1896 funcionou como Escola de “Primeiras Letras”. Em 1972 o imóvel foi vendido pelos herdeiros de Herculino do Couto Lima e em 1983 foi alugado pelo Museu do Ouro, passando a funcionar como Centro de Difusão Cultural, sendo reconhecido como bem de utilidade pública pelo município em 1984.
Por sua importância cultural, o sobrado foi desapropriado em 1987, pelo Ministério da Cultura, passando a pertencer ao IPHAN. Sua restauração se deu em 1992, através de recursos da Cia. Vale do Rio Doce, em convênio com o IPHAN e os governos estadual e municipal. Após sua restauração, passou a funcionar como Centro de Memória do Museu do Ouro, reunindo documentos históricos dos séculos XVIII e XIX, relativos à antiga Comarca do Rio das Velhas. Paralelamente, ali funcionam oficinas que realizam inúmeras atividades relacionadas à revitalização do patrimônio cultural do município, atendendo uma diversificada faixa de público.
A Casa Borba Gato é uma construção de aspecto nobre, típica do apogeu da Vila de Nossa Senhora do Sabará, no século XVIII. Situada na antiga Rua da Cadeia, ocupa posição de destaque dentre as construções vizinhas, apresentando belas sacadas originais com balaústres torneados. É uma construção em barro e madeira, apresentando rico beiral em cachorros de perfil recortado em largos pedaços de madeira. A varanda original desapareceu. Internamente possui forros de madeira, esteira e estuque tipo gamela. O piso é assoalhado, sendo a entrada e o corredor pavimentados em seixos rolados.