A casa situa-se próxima ao Centro Histórico e foi construída sobre um dos baluartes da primeira cinta defensiva da cidade. Tem, em consequência, uma posição dominante sobre a Baixa dos Sapateiros e segunda linha de colinas de Salvador. Em 1759 a casa pertencia à Cia. de Jesus e, com a expulsão de membros da ordem, foi levada a leilão e arrematada pelo Capitão de Cavalaria e armador, Antônio Elias da Fonseca Galvão.
O beco em que se encontra era conhecido no final do século XVIII como travessa do Ximenes, nome de antigo residente da casa. Com o rebaixamento e alargamento da ladeira da Praça, no começo do século XXI, a casa foi parcialmente desambientada. A edificação de grande robustez desenvolvida em dois pavimentos mais sótão. Possui bela portada de verga reta em lioz, onde se assenta o brasão da família Fonseca Galvão. No pavimento nobre existem amplos e bem iluminados salões, que se abrem para o exterior através de janelas de púlpito, e capela que apresenta nova pintura na parte interna das portas.
Tetos e portas apresentam guarnições de madeira lavrada. Possui silhar de azulejos no pavimento térreo. Não há notícias sobre a fundação desta casa, cujos caracteres são da segunda metade do século XVII. A casa, de forma retangular, é recoberta por telhado de quatro águas e se articula com o pátio externo elevado e murado. Funcionalmente, a casa apresenta um esquema que se observa em todo o período colonial: pavimento térreo destinado ao armazenamento de víveres, materiais e animais, o primeiro andar para salões e aposentos da família, e o sótão destinado à acomodação dos criados. A circulação nos três pavimentos é do tipo corredor central, o que é muito raro em casa do século XVII.